sábado, 12 de janeiro de 2013

Filha do Mal (The Devil Inside - 2012)


A fórmula dos pseudo-documentários já foi usada várias vezes no cinema mundial. Rendendo obras incríveis como o Zelig de Woody Allen, divertidas como Borat e Brüno, ambas roteirizadas por Sacha Baron Cohen, ou... Bom, ou o filme em questão; Filha do Mal.

É bem provável que o sub-gênero de terror nos documentários falsos tenha se tornado conhecido pelo grande público em A Bruxa de Blair. Tempos depois, o diretor estreante Oren Peli nos traz o independente Atividade Paranormal, que acabou tendo algumas sequências desastrosas ao longo dos anos. Mas nenhum destes se compara, em todos os sentidos, ao Filha do Mal, de William Brent Bell.

Em certos momentos parece ficar clara a vontade do diretor de copiar outro filme sobre possessões lançado no ano anterior; O Ritual. Além de ter escolhido uma atriz brasileira para o papel principal (bem como no filme de 2011), o tal "curso para padres exorcistas" e a ida ao Vaticano também são retratados. E é claro, como não poderia deixar de ser, o filme é baseado em fatos reais, afinal isso é pré-requisito para quase todos os filmes de exorcismo.

O roteiro acompanha os passos de Isabella Rossi, filha de uma das pacientes de um hospital psiquiátrico em Roma. Sua mãe foi condenada após confessar o assassinato de três membros da Igreja no que teria sido uma sessão de exorcismo. Apesar de declarada louca, alguns dos exorcistas do Vaticano não acreditam que a mulher sofra de distúrbios mentais, mas sim que está possuída - não por um - mas por quatro demônios.

Não adianta. Mesmo com tantos fatores que poderiam contribuir para um filme consideravelmente bom (apesar de ligeiramente clichê), a atuação da protagonista não é o suficiente e acaba não convencendo, o filme parece não engrenar nunca, e quando finalmente chega ao clímax, um final aberto deixa tudo sem conclusão, assim como o suposto caso na vida real.

Finais abertos - quando feitos da maneira certa - são realmente bons, mas finais escancarados são inaceitáveis. É quase como assumir que tiveram preguiça de dar um desfecho para aquilo tudo.

Sustos previsíveis, final escancarado e atuações não tão boas assim. Filha do Mal usa uma fórmula bastante manjada de fazer cinema para atrair alguns desavisados a assistirem ao filme.

Cotação: 5.0

Um comentário:

  1. Um final com clima de continuação que simplesmente não cola, foi um balde de água fria para o rumo que o filme estava tomando.

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